Remonta a 1971 a criação do Serviço de Pneumologia dos Hospitais da Universidade de Coimbra, tendo sido fundado pelo Prof. Doutor António José Robalo Cordeiro, pai do atual diretor. Nestes 53 anos percorridos até ao dia de hoje, o serviço foi alvo de diferentes mudanças, entre as quais se inclui, em 2019, a fusão dos serviços de Pneumologia dos Hospitais da Universidade de Coimbra e do Hospital Geral - período no qual “o serviço teve de ser renovado em vários aspetos, desde logo em recursos humanos”, recorda o Prof. Doutor Carlos Robalo Cordeiro. Sobre esta fusão - que decorreu já sob a sua direção e que representou a constituição de um único serviço de Pneumologia - o atual diretor relembra que “não foi isenta de algumas dificuldades, sobretudo inicialmente e depois com o período da pandemia por COVID-19. Mas foi conseguida, com equilíbrio, sensatez, ponderação e, principalmente, com articulação entre as pessoas. As pessoas aqui são sempre o mais importante”.
Esta mudança faz com que “o serviço tenha uma grande dispersão física entre os Hospitais da Universidade de Coimbra e o Hospital Geral, também conhecido como o Hospital dos Covões”, nota o médico pneumologista. “No Hospital Geral temos, sobretudo, as atividades de ambulatório, com a maior parte das consultas de Pneumologia a realizarem-se lá. Situam-se também lá o Hospital de Dia de Pneumologia, as Unidades de Reabilitação Cardiorrespiratória e de Alergologia e Asma Grave”. Se no Hospital Geral existe, sobretudo, uma componente ambulatória, nos Hospitais da Universidade de Coimbra está concentrada a gestão dos doentes mais críticos. Aqui está localizada a urgência e o internamento, é onde são realizadas muitas das técnicas endoscópicas e também algumas consultas que dependem de mais especialidades que estão no mesmo local, como é o caso da patologia do interstício ou das doenças neuromusculares. Perante esta realidade, para o diretor do serviço, “o equilíbrio existe, mas à custa de uma dispersão muito grande dos profissionais pelos dois polos”.
Acresce a esta dispersão da atividade dos pneumologistas deste serviço a existência de duas áreas que são autónomas – a Unidade de Pneumologia Oncológica e o Centro de Responsabilidade Integrado de Medicina do Sono – ambas geridas por pneumologistas, pelo Dr. Fernando Barata e pelo Dr. Joaquim Moita, respetivamente. “Temos 25 especialistas, mas se formos ver a sua atividade, está dispersa por diferentes locais, inclusivamente por atividade que não é contabilizada para o serviço, como as duas referidas anteriormente. É atividade relevante, com peso em termos de horários o que, naturalmente, diminui a capacidade. Nem todo o horário destes 25 médicos é maioritariamente dedicado ao serviço, mas é feito um equilíbrio que considero ser muito importante”, refere o Prof. Doutor Carlos Robalo Cordeiro.
Ainda relativamente a esta equipa, o diretor do serviço não tem dúvidas de que são “o mais importante e o capital do serviço. São as pessoas e a sua grande diferenciação em várias áreas que constituem o suporte e a estrutura fundamental do serviço”, reforça o médico pneumologista antes de aprofundar algumas destas áreas de especialização.
Remonta a 1971 a criação do Serviço de Pneumologia dos Hospitais da Universidade de Coimbra, tendo sido fundado pelo Prof. Doutor António José Robalo Cordeiro, pai do atual diretor. Nestes 53 anos percorridos até ao dia de hoje, o serviço foi alvo de diferentes mudanças, entre as quais se inclui, em 2019, a fusão dos serviços de Pneumologia dos Hospitais da Universidade de Coimbra e do Hospital Geral - período no qual “o serviço teve de ser renovado em vários aspetos, desde logo em recursos humanos”, recorda o Prof. Doutor Carlos Robalo Cordeiro. Sobre esta fusão - que decorreu já sob a sua direção e que representou a constituição de um único serviço de Pneumologia - o atual diretor relembra que “não foi isenta de algumas dificuldades, sobretudo inicialmente e depois com o período da pandemia por COVID-19. Mas foi conseguida, com equilíbrio, sensatez, ponderação e, principalmente, com articulação entre as pessoas. As pessoas aqui são sempre o mais importante”.
Esta mudança faz com que “o serviço tenha uma grande dispersão física entre os Hospitais da Universidade de Coimbra e o Hospital Geral, também conhecido como o Hospital dos Covões”, nota o médico pneumologista. “No Hospital Geral temos, sobretudo, as atividades de ambulatório, com a maior parte das consultas de Pneumologia a realizarem-se lá. Situam-se também lá o Hospital de Dia de Pneumologia, as Unidades de Reabilitação Cardiorrespiratória e de Alergologia e Asma Grave”. Se no Hospital Geral existe, sobretudo, uma componente ambulatória, nos Hospitais da Universidade de Coimbra está concentrada a gestão dos doentes mais críticos. Aqui está localizada a urgência e o internamento, é onde são realizadas muitas das técnicas endoscópicas e também algumas consultas que dependem de mais especialidades que estão no mesmo local, como é o caso da patologia do interstício ou das doenças neuromusculares. Perante esta realidade, para o diretor do serviço, “o equilíbrio existe, mas à custa de uma dispersão muito grande dos profissionais pelos dois polos”.
Acresce a esta dispersão da atividade dos pneumologistas deste serviço a existência de duas áreas que são autónomas – a Unidade de Pneumologia Oncológica e o Centro de Responsabilidade Integrado de Medicina do Sono – ambas geridas por pneumologistas, pelo Dr. Fernando Barata e pelo Dr. Joaquim Moita, respetivamente. “Temos 25 especialistas, mas se formos ver a sua atividade, está dispersa por diferentes locais, inclusivamente por atividade que não é contabilizada para o serviço, como as duas referidas anteriormente. É atividade relevante, com peso em termos de horários o que, naturalmente, diminui a capacidade. Nem todo o horário destes 25 médicos é maioritariamente dedicado ao serviço, mas é feito um equilíbrio que considero ser muito importante”, refere o Prof. Doutor Carlos Robalo Cordeiro.
Ainda relativamente a esta equipa, o diretor do serviço não tem dúvidas de que são “o mais importante e o capital do serviço. São as pessoas e a sua grande diferenciação em várias áreas que constituem o suporte e a estrutura fundamental do serviço”, reforça o médico pneumologista antes de aprofundar algumas destas áreas de especialização.
Com cerca de ano e meio de existência, inaugurada em novembro de 2022, a Unidade de Reabilitação Cardiorrespiratória é um dos mais recentes projetos no qual o Serviço de Pneumologia está envolvido. “Esta unidade tem um perfil bastante inovador em termos nacionais. São três serviços a gerir uma unidade – Pneumologia, Cardiologia e Medicina Física e Reabilitação”, explica o Prof. Doutor Carlos Robalo Cordeiro. O objetivo, como refere a Dr.ª Cidália Rodrigues, pneumologista neste serviço desde 2004, é fornecer ao doente “uma abordagem abrangente e que permita prestar os melhores cuidados de saúde, sendo a multidisciplinariedade a sua grande vantagem”. Além das três especialidades envolvidas na gestão, há também o apoio da Nutrição e da Psicologia.
Apesar de contar ainda com pouco mais de um ano de existência, os resultados do primeiro ano de funcionamento desta unidade, que foram apresentados num evento dedicado a assinalar o aniversário, foram “bastante relevantes”, destacou o diretor do serviço.
Quanto ao futuro, de acordo com a Dr.ª Cidália Rodrigues, “é muito ambicioso”. A pneumologista esclarece que “neste momento, estamos a trabalhar, sobretudo, com os doentes que vêm aqui fa-zer tratamentos em regime de ambulatório, mas o nosso objetivo é termos novos projetos aproximando-nos também dos Cuidados de Saúde Primários, permitindo alguma ligação aos doentes que se encontram mais longe”. Também a implementação da telereabilitação é algo que gostaria de ver concretizado, no fundo, isto passa por “utilizar as ferramentas digitais para oferecermos mais cuidados e aproximarmo-nos dos doentes para que também mais pessoas com patologia respiratória consigam ter acesso a tratamentos de reabilitação”.
Ainda sobre o futuro, o Prof. Doutor Carlos Robalo Cordeiro destacou a intenção de ser criada, nesta unidade, uma reunião multidisciplinar “onde possam também convergir doentes de colegas de outras especialidades com interesse em discutir os casos”.
Com cerca de ano e meio de existência, inaugurada em novembro de 2022, a Unidade de Reabilitação Cardiorrespiratória é um dos mais recentes projetos no qual o Serviço de Pneumologia está envolvido. “Esta unidade tem um perfil bastante inovador em termos nacionais. São três serviços a gerir uma unidade – Pneumologia, Cardiologia e Medicina Física e Reabilitação”, explica o Prof. Doutor Carlos Robalo Cordeiro. O objetivo, como refere a Dr.ª Cidália Rodrigues, pneumologista neste serviço desde 2004, é fornecer ao doente “uma abordagem abrangente e que permita prestar os melhores cuidados de saúde, sendo a multidisciplinariedade a sua grande vantagem”. Além das três especialidades envolvidas na gestão, há também o apoio da Nutrição e da Psicologia.
Apesar de contar ainda com pouco mais de um ano de existência, os resultados do primeiro ano de funcionamento desta unidade, que foram apresentados num evento dedicado a assinalar o aniversário, foram “bastante relevantes”, destacou o diretor do serviço.
Quanto ao futuro, de acordo com a Dr.ª Cidália Rodrigues, “é muito ambicioso”. A pneumologista esclarece que “neste momento, estamos a trabalhar, sobretudo, com os doentes que vêm aqui fa-zer tratamentos em regime de ambulatório, mas o nosso objetivo é termos novos projetos aproximando-nos também dos Cuidados de Saúde Primários, permitindo alguma ligação aos doentes que se encontram mais longe”. Também a implementação da telereabilitação é algo que gostaria de ver concretizado, no fundo, isto passa por “utilizar as ferramentas digitais para oferecermos mais cuidados e aproximarmo-nos dos doentes para que também mais pessoas com patologia respiratória consigam ter acesso a tratamentos de reabilitação”.
Ainda sobre o futuro, o Prof. Doutor Carlos Robalo Cordeiro destacou a intenção de ser criada, nesta unidade, uma reunião multidisciplinar “onde possam também convergir doentes de colegas de outras especialidades com interesse em discutir os casos”.
É também no Hospital Geral que funciona a Unidade de Alergologia Respiratória e Asma Grave. Coordenada pela Prof.ª Doutora Cláudia Loureiro, a unidade tem “uma atividade predominantemente assistencial, mas também de hospital de dia para tratamentos diferenciados. Temos um acesso fácil para os doentes que necessitam num contexto de cuidados não programados. Depois existe também a possibilidade de fazermos exames complementares de diagnóstico, avaliando os marcadores importantes na fenotipagem dos doentes com asma”. A coordenadora da unidade destaca ainda que, motivada pela circunstância de partilharem o mesmo espaço físico, “esta unidade funciona em estreita colaboração com a reabilitação e com a consulta de insuficiência respiratória, coordenada pela Dr.ª Cidália Rodrigues, existindo uma facilidade de integração ao nível dos cuidados”.
A colaboração multidisciplinar “com a realização de reuniões, que ainda não estão formalizadas, mas que incluem a Otorrinolaringologia e a Pediatria para a discussão de casos” é também um dos pontos salientados pela Prof.ª Doutora Cláudia Loureiro que espera que a estas reuniões, no futuro, “possam juntar-se outras especialidades que também abordam estes doentes”.
Sobre o futuro e a propósito da criação das Unidades Locais de Saúde, a médica pneumologista refere que, nas recém criadas ULS, “a integração com os Cuidados de Saúde Primários é fundamental, sobretudo para otimizar a referenciação, mas também a sensibilização para a doença grave ou de difícil controlo. Uma das pretensões que tenho é que, com esta reestruturação, o caminho dos doentes com asma grave seja muito mais célere até chegar ao cuidado e às respostas terapêuticas diferenciadas”.
É também no Hospital Geral que funciona a Unidade de Alergologia Respiratória e Asma Grave. Coordenada pela Prof.ª Doutora Cláudia Loureiro, a unidade tem “uma atividade predominantemente assistencial, mas também de hospital de dia para tratamentos diferenciados. Temos um acesso fácil para os doentes que necessitam num contexto de cuidados não programados. Depois existe também a possibilidade de fazermos exames complementares de diagnóstico, avaliando os marcadores importantes na fenotipagem dos doentes com asma”. A coordenadora da unidade destaca ainda que, motivada pela circunstância de partilharem o mesmo espaço físico, “esta unidade funciona em estreita colaboração com a reabilitação e com a consulta de insuficiência respiratória, coordenada pela Dr.ª Cidália Rodrigues, existindo uma facilidade de integração ao nível dos cuidados”.
A colaboração multidisciplinar “com a realização de reuniões, que ainda não estão formalizadas, mas que incluem a Otorrinolaringologia e a Pediatria para a discussão de casos” é também um dos pontos salientados pela Prof.ª Doutora Cláudia Loureiro que espera que a estas reuniões, no futuro, “possam juntar-se outras especialidades que também abordam estes doentes”.
Sobre o futuro e a propósito da criação das Unidades Locais de Saúde, a médica pneumologista refere que, nas recém criadas ULS, “a integração com os Cuidados de Saúde Primários é fundamental, sobretudo para otimizar a referenciação, mas também a sensibilização para a doença grave ou de difícil controlo. Uma das pretensões que tenho é que, com esta reestruturação, o caminho dos doentes com asma grave seja muito mais célere até chegar ao cuidado e às respostas terapêuticas diferenciadas”.
Sob a coordenação da Dr.ª Filipa Costa localiza-se também no Hospital Geral o Hospital de Dia de Pneumologia. A médica pneumologista, que integra este serviço há já 20 anos, explica que esta valência está, “neste momento, dedicada à Alergologia e ao tratamento de substituição com alfa1-antitripsina, sendo essas as duas grandes áreas. Temos um hospital de dia vocacionado para a administração de terapêutica em ambulatório, mas também para a resolução de alguns eventos agudos nestes doentes, evitando idas à urgência”.
Com uma equipa permanente de duas enfermeiras, a Dr.ª Filipa Costa destaca o papel fundamental que estes profissionais assumem, sendo “importante que conheçam os doentes e a terapêutica que estão a fazer, bem como que reconheçam algumas das dificuldades que estes sentem e que as consigam transmitir à equipa médica”.
Para o futuro, a especialista destaca o projeto existente e que prevê que possa ser feita uma autoadministração da terapêutica pelos doentes com deficiência de alfa1-antitripsina: “temos um fármaco já aprovado para o efeito e queríamos muito agora começar a ter doentes capazes de fazer a autoadministração da medicação em casa. É algo mais difícil de conseguir do que com os biológicos, que são de administração subcutânea, uma vez que aqui é por administração endovenosa, sendo necessário que aprendam a puncionar-se e a fazer a preparação do fármaco. Mas é um projeto que temos em mãos e que gostávamos muito que avançasse porque vai ser uma mais valia para os doentes no que diz respeito à sua qualidade de vida”.
Sob a coordenação da Dr.ª Filipa Costa localiza-se também no Hospital Geral o Hospital de Dia de Pneumologia. A médica pneumologista, que integra este serviço há já 20 anos, explica que esta valência está, “neste momento, dedicada à Alergologia e ao tratamento de substituição com alfa1-antitripsina, sendo essas as duas grandes áreas. Temos um hospital de dia vocacionado para a administração de terapêutica em ambulatório, mas também para a resolução de alguns eventos agudos nestes doentes, evitando idas à urgência”.
Com uma equipa permanente de duas enfermeiras, a Dr.ª Filipa Costa destaca o papel fundamental que estes profissionais assumem, sendo “importante que conheçam os doentes e a terapêutica que estão a fazer, bem como que reconheçam algumas das dificuldades que estes sentem e que as consigam transmitir à equipa médica”.
Para o futuro, a especialista destaca o projeto existente e que prevê que possa ser feita uma autoadministração da terapêutica pelos doentes com deficiência de alfa1-antitripsina: “temos um fármaco já aprovado para o efeito e queríamos muito agora começar a ter doentes capazes de fazer a autoadministração da medicação em casa. É algo mais difícil de conseguir do que com os biológicos, que são de administração subcutânea, uma vez que aqui é por administração endovenosa, sendo necessário que aprendam a puncionar-se e a fazer a preparação do fármaco. Mas é um projeto que temos em mãos e que gostávamos muito que avançasse porque vai ser uma mais valia para os doentes no que diz respeito à sua qualidade de vida”.
São 47 as camas que este Serviço de Pneumologia tem dedicadas ao internamento e que estão divididas em dois setores (22+25). Apesar deste número, “muitas vezes temos de gerir ainda camas fora do internamento, tal é o nível de ocupação e de pressão”, refere o diretor do serviço. Foi precisamente o que aconteceu neste início de ano, período no qual “tivemos de gerir 12 camas fora do serviço, por causa do plano de contingência, além de outros doentes que temos fora dessas camas. Às vezes temos quase uma terceira enfermaria fora do serviço a nosso cargo o que é muito pesado e um dos aspetos mais difíceis de gerir”.
Também a Prof.ª Doutora Maria Alcide Marques, neste serviço de Pneumologia desde 1986 e atual coordenadora da área do internamento, destaca o facto de, em meados do mês de janeiro, terem chegado aos “73 doentes internados por todo o hospital”, mostrando, este número, “o esforço enorme que todos despendemos para conseguirmos responder aos doentes de uma forma eficaz e com qualidade”.
Para a médica pneumologista o internamento representa “o núcleo duro do serviço numa tripla perspetiva. Em primeiro lugar, pela interface que é fundamental relativamente às outras valências, nomeadamente às várias consultas externas que efetuamos no serviço e também às técnicas. Em segundo, pela vertente de ensino pré e pós graduado, com muitas das aulas que são ministradas aos alunos do 5.º ano a serem realizadas no internamento – onde dispõem das várias situações patológicas que estão a ser lecionadas. E, por último, a vertente da investigação que tem sido sempre uma tradição muito forte no serviço e onde colaboramos com frequência em ensaios de natureza clínica”.
São 47 as camas que este Serviço de Pneumologia tem dedicadas ao internamento e que estão divididas em dois setores (22+25). Apesar deste número, “muitas vezes temos de gerir ainda camas fora do internamento, tal é o nível de ocupação e de pressão”, refere o diretor do serviço. Foi precisamente o que aconteceu neste início de ano, período no qual “tivemos de gerir 12 camas fora do serviço, por causa do plano de contingência, além de outros doentes que temos fora dessas camas. Às vezes temos quase uma terceira enfermaria fora do serviço a nosso cargo o que é muito pesado e um dos aspetos mais difíceis de gerir”.
Também a Prof.ª Doutora Maria Alcide Marques, neste serviço de Pneumologia desde 1986 e atual coordenadora da área do internamento, destaca o facto de, em meados do mês de janeiro, terem chegado aos “73 doentes internados por todo o hospital”, mostrando, este número, “o esforço enorme que todos despendemos para conseguirmos responder aos doentes de uma forma eficaz e com qualidade”.
Para a médica pneumologista o internamento representa “o núcleo duro do serviço numa tripla perspetiva. Em primeiro lugar, pela interface que é fundamental relativamente às outras valências, nomeadamente às várias consultas externas que efetuamos no serviço e também às técnicas. Em segundo, pela vertente de ensino pré e pós graduado, com muitas das aulas que são ministradas aos alunos do 5.º ano a serem realizadas no internamento – onde dispõem das várias situações patológicas que estão a ser lecionadas. E, por último, a vertente da investigação que tem sido sempre uma tradição muito forte no serviço e onde colaboramos com frequência em ensaios de natureza clínica”.
A ligação ao ensino de Pneumologia através da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC) é algo que desde sempre existiu neste serviço. Precisamente neste âmbito, foi criado o Centro Académico e Clínico de Coimbra (CACC) – um consórcio entre a ULS e a Universidade de Coimbra que visa promover uma articulação da atividade assistencial, do ensino e da investigação. O Prof. Doutor Carlos Robalo Cordeiro, enquanto Diretor da FMUC, é um dos elementos do Conselho Diretivo do CACC.
Atualmente, são 17 os internos que integram a equipa. A Dr.ª Laura Lopes, no seu terceiro ano de internato, destaca como grande mais valia da formação neste serviço a sua dimensão – facto que permite ter “várias áreas da Pneumologia aqui representadas”. A futura especialista avalia como “bastante positiva” a sua experiência de internato, sendo os dias de urgência, com turnos de 12 horas, a parte que considera ser mais trabalhosa.
“Este serviço, além da área médica, faz também ensino na área da Enfermagem e na área das Tecnologias de Saúde, existindo, inclusivamente, duas técnicas de cardiopneumologia que são também professoras na Escola Superior de Tecnologias de Saúde”, refere o diretor do serviço. O pneumologista salienta também, nesta “grande dinâmica ao nível da formação”, o facto de o serviço receber vários estágios, alguns mais curtos, para programas de investigação, e também muitos alunos de ERASMUS.
Um evento igualmente agregador e importante para os internos desta especialidade é o Congresso de Pneumologia do Centro que, em 2024, vai ter a sua 15.ª edição e que foi criado por este serviço de Pneumologia juntamente com outros da mesma especialidade da região centro. “Este é um congresso que une a Pneumologia da região centro, vêm internos de todo o país. Queremos criar o gosto também pela atualização clínica e científica”, menciona o Prof. Doutor Carlos Robalo Cordeiro, presidente do Congresso.
A ligação ao ensino de Pneumologia através da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC) é algo que desde sempre existiu neste serviço. Precisamente neste âmbito, foi criado o Centro Académico e Clínico de Coimbra (CACC) – um consórcio entre a ULS e a Universidade de Coimbra que visa promover uma articulação da atividade assistencial, do ensino e da investigação. O Prof. Doutor Carlos Robalo Cordeiro, enquanto Diretor da FMUC, é um dos elementos do Conselho Diretivo do CACC.
Atualmente, são 17 os internos que integram a equipa. A Dr.ª Laura Lopes, no seu terceiro ano de internato, destaca como grande mais valia da formação neste serviço a sua dimensão – facto que permite ter “várias áreas da Pneumologia aqui representadas”. A futura especialista avalia como “bastante positiva” a sua experiência de internato, sendo os dias de urgência, com turnos de 12 horas, a parte que considera ser mais trabalhosa.
“Este serviço, além da área médica, faz também ensino na área da Enfermagem e na área das Tecnologias de Saúde, existindo, inclusivamente, duas técnicas de cardiopneumologia que são também professoras na Escola Superior de Tecnologias de Saúde”, refere o diretor do serviço. O pneumologista salienta também, nesta “grande dinâmica ao nível da formação”, o facto de o serviço receber vários estágios, alguns mais curtos, para programas de investigação, e também muitos alunos de ERASMUS.
Um evento igualmente agregador e importante para os internos desta especialidade é o Congresso de Pneumologia do Centro que, em 2024, vai ter a sua 15.ª edição e que foi criado por este serviço de Pneumologia juntamente com outros da mesma especialidade da região centro. “Este é um congresso que une a Pneumologia da região centro, vêm internos de todo o país. Queremos criar o gosto também pela atualização clínica e científica”, menciona o Prof. Doutor Carlos Robalo Cordeiro, presidente do Congresso.
Um dos cinco centros de referência de fibrose quística que existem no nosso país localiza-se, precisamente, na ULS de Coimbra. A coordenação é da responsabilidade da Dr.ª Fernanda Gamboa, pneumologista neste serviço há praticamente 30 anos.
Constituído por um polo de adultos, que está integrado neste Serviço de Pneumologia, e um polo pediátrico, integrado no Serviço de Pediatria Médica do Hospital Pediátrico, este centro “funciona com um grupo core de profissionais - além de pneumologistas e pediatras, com enfermeiros, nutricionistas, psicólogos e assistentes sociais – e também com o apoio do Laboratório de Fisiopatologia”, refere a coordenadora.
Com o centro a prestar, atualmente, acompanhamento médico a mais de 60 doentes, a Dr.ª Fernanda Gamboa destaca o quão “gratificante é ver que podemos fazer a diferença na vida das pessoas, dado que a qualidade de vida destes doentes melhora imenso”.
Para o futuro nesta área, a médica pneumologista salienta que gostaria de ver implementado um sistema de telereabilitação para o acompanhamento destes doentes uma vez que “com a melhoria da qualidade de vida, cada vez menos há exacerbações. Assim, a telemonitorização vai permitir que o doente fique no domicílio e que nós tenhamos acesso às suas informações à distância e com segurança”.
Referindo-se a este aspeto da telemonitorização, mas de uma forma mais abrangente a todo o serviço, o Prof. Doutor Carlos Robalo Cordeiro considera existir “uma agenda de telemonitorização há já muito tempo. Existia nos HUC e no HG e agora, com a fusão, ficou ainda mais fortalecida. Fazemos telemonitorização sobretudo em doentes com DPOC, com resultados muito interessantes, mas também já incluímos alguns doentes com patologia intersticial”.
Um dos cinco centros de referência de fibrose quística que existem no nosso país localiza-se, precisamente, na ULS de Coimbra. A coordenação é da responsabilidade da Dr.ª Fernanda Gamboa, pneumologista neste serviço há praticamente 30 anos.
Constituído por um polo de adultos, que está integrado neste Serviço de Pneumologia, e um polo pediátrico, integrado no Serviço de Pediatria Médica do Hospital Pediátrico, este centro “funciona com um grupo core de profissionais - além de pneumologistas e pediatras, com enfermeiros, nutricionistas, psicólogos e assistentes sociais – e também com o apoio do Laboratório de Fisiopatologia”, refere a coordenadora.
Com o centro a prestar, atualmente, acompanhamento médico a mais de 60 doentes, a Dr.ª Fernanda Gamboa destaca o quão “gratificante é ver que podemos fazer a diferença na vida das pessoas, dado que a qualidade de vida destes doentes melhora imenso”.
Para o futuro nesta área, a médica pneumologista salienta que gostaria de ver implementado um sistema de telereabilitação para o acompanhamento destes doentes uma vez que “com a melhoria da qualidade de vida, cada vez menos há exacerbações. Assim, a telemonitorização vai permitir que o doente fique no domicílio e que nós tenhamos acesso às suas informações à distância e com segurança”.
Referindo-se a este aspeto da telemonitorização, mas de uma forma mais abrangente a todo o serviço, o Prof. Doutor Carlos Robalo Cordeiro considera existir “uma agenda de telemonitorização há já muito tempo. Existia nos HUC e no HG e agora, com a fusão, ficou ainda mais fortalecida. Fazemos telemonitorização sobretudo em doentes com DPOC, com resultados muito interessantes, mas também já incluímos alguns doentes com patologia intersticial”.
É sob a coordenação da Dr.ª Sara Freitas que funciona a Unidade de Interstício Pulmonar. Esta é uma área na qual o serviço “tem uma agenda fortíssima, aproximando-nos já dos dois mil doen-tes/ano em consulta de patologia intersticial”, refere o Prof. Doutor Carlos Robalo Cordeiro.
No serviço desde 2000, a coordenadora da unidade destaca o crescimento a que tem assistido nesta área e que “tem obrigado a uma maior organização da nossa parte e uma melhor resposta que o serviço pode dar a estes doentes”. Além da coordenadora, integram esta equipa mais três pneumologistas: “especialistas com uma diferenciação muito grande e que fazem deste setor cada vez mais um setor de grande dimensão e especialização”, avalia o diretor do serviço.
Organizam com periodicidade semanal uma reunião multidisciplinar da patologia intersticial onde estão também presentes especialidades como a Reumatologia, a Cardiologia, a Anatomia Patológica, a Radiologia e à qual se juntam também colegas de outros hospitais para o debate dos casos.
A Dr.ª Sara Freitas salienta igualmente o apoio que é dado pela consulta de enfermagem específica desta área do interstício “que começou muito recentemente, mas é uma mais-valia que queremos preservar, pois é extremamente importante para o acompanhamento dos doentes noutras componentes além da estritamente médica”. Refere ainda a ligação que existe a outras áreas da própria Pneumologia “não só com a área das técnicas, mas também com a área da reabilitação, por exemplo. Este é um trabalho conjunto que extravasa apenas as pessoas que fazem a área do interstício. Há outras áreas também dentro da Pneumologia que são muito importantes no acompanhamento destes doentes”. Para a médica pneumologista este acompanhamento mais holístico do doente é, precisamente, uma das áreas que gostaria de ver otimizada no futuro – “além da reabilitação e consulta de enfermagem, apoio nutricional, social e até dos cuidados paliativos. O apoio de uma equipa mais multidisciplinar seria bom para darmos uma resposta mais completa e eficaz ao doente”.
A maior dificuldade apontada pela médica pneumologista é a de “conseguir dar uma resposta em tempo útil a todos os doentes que têm de ser vistos com alguma frequência e que, por isso, implica uma logística mais pesada de consulta. A existência de uma equipa mais alargada do ponto de vista multidimensional, que possa desempenhar algumas funções que não se incluam, obviamente, na parte médica, mas que dê resposta a outras necessidades do doente e das suas famílias, seria pertinente”.
É sob a coordenação da Dr.ª Sara Freitas que funciona a Unidade de Interstício Pulmonar. Esta é uma área na qual o serviço “tem uma agenda fortíssima, aproximando-nos já dos dois mil doen-tes/ano em consulta de patologia intersticial”, refere o Prof. Doutor Carlos Robalo Cordeiro.
No serviço desde 2000, a coordenadora da unidade destaca o crescimento a que tem assistido nesta área e que “tem obrigado a uma maior organização da nossa parte e uma melhor resposta que o serviço pode dar a estes doentes”. Além da coordenadora, integram esta equipa mais três pneumologistas: “especialistas com uma diferenciação muito grande e que fazem deste setor cada vez mais um setor de grande dimensão e especialização”, avalia o diretor do serviço.
Organizam com periodicidade semanal uma reunião multidisciplinar da patologia intersticial onde estão também presentes especialidades como a Reumatologia, a Cardiologia, a Anatomia Patológica, a Radiologia e à qual se juntam também colegas de outros hospitais para o debate dos casos.
A Dr.ª Sara Freitas salienta igualmente o apoio que é dado pela consulta de enfermagem específica desta área do interstício “que começou muito recentemente, mas é uma mais-valia que queremos preservar, pois é extremamente importante para o acompanhamento dos doentes noutras componentes além da estritamente médica”. Refere ainda a ligação que existe a outras áreas da própria Pneumologia “não só com a área das técnicas, mas também com a área da reabilitação, por exemplo. Este é um trabalho conjunto que extravasa apenas as pessoas que fazem a área do interstício. Há outras áreas também dentro da Pneumologia que são muito importantes no acompanhamento destes doentes”. Para a médica pneumologista este acompanhamento mais holístico do doente é, precisamente, uma das áreas que gostaria de ver otimizada no futuro – “além da reabilitação e consulta de enfermagem, apoio nutricional, social e até dos cuidados paliativos. O apoio de uma equipa mais multidisciplinar seria bom para darmos uma resposta mais completa e eficaz ao doente”.
A maior dificuldade apontada pela médica pneumologista é a de “conseguir dar uma resposta em tempo útil a todos os doentes que têm de ser vistos com alguma frequência e que, por isso, implica uma logística mais pesada de consulta. A existência de uma equipa mais alargada do ponto de vista multidimensional, que possa desempenhar algumas funções que não se incluam, obviamente, na parte médica, mas que dê resposta a outras necessidades do doente e das suas famílias, seria pertinente”.
“A forte componente de investigação, não apenas clínica” deste serviço - mas também, de forma mais abrangente, de todo o centro hospitalar - é algo que o Prof. Doutor Carlos Robalo Cordeiro também evidencia.
Atualmente, a Unidade de Inovação e Desenvolvimento da ULS Coimbra – unidade que se responsabiliza pela promoção e gestão da investigação em toda a ULS – é gerida pelo Prof. Doutor Tiago Alfaro. Para o médico pneumologista, que está há 18 anos neste serviço, “este tem sido um desafio excelente e, embora a área da investigação seja uma área onde já somos naturalmente fortes, com décadas de experiência, a verdade é que não sendo a área pela qual contratamos – ou aquela que nos é pedida mais diretamente, como, por exemplo, no Inverno – a investigação acaba por apaixonar e trazer as pessoas”.
“Já tínhamos bastante atividade, mas existe, claramente, espaço para crescimento: na investigação, na captação e desenvolvimento de ensaios clínicos em que queremos comprometer-nos com um determinado número de doentes, por exemplo, para um ensaio clínico em muitas das áreas nas quais somos referência regional e nacional; nos estudos sem intervenção, observacionais, que são muitas vezes criados por pessoas dos serviços, mas que têm de ultrapassar uma série de passos (como a avaliação, a aprovação, a avaliação ética) e, portanto, as pessoas só fazem esses estudos quando têm este apoio. E também, esperamos nós, em termos de desenvolvimento, ensaios da iniciativa do investigador, em que conseguimos ter uma ideia de uma intervenção, conseguir financiamento, apoio e fazê-lo. Será, provavelmente, esse o principal desafio para os próximos anos em termos de investigação aqui no serviço e em toda a instituição ULS Coimbra”.
Nesta área, há também uma aposta na investigação translacional existindo um laboratório associado ao serviço. “É algo que se conseguiu manter. Temos equipamento para realizar a investigação e algum tipo de doseamentos e de manipulação das amostras biológicas, e que está aqui mesmo perto do local principal onde se recolhem as amostras, na unidade de técnicas. Mas também, no próprio laboratório, são recolhidas amostras. Obviamente que depois terá de ser complementado em laboratórios de maior dimensão e diferenciação, mas isto reforça que esta componente formativa de inovação e de investigação é uma marca do serviço desde que ele foi criado e continua a ser”, conclui o Prof. Doutor Carlos Robalo Cordeiro.
“A forte componente de investigação, não apenas clínica” deste serviço - mas também, de forma mais abrangente, de todo o centro hospitalar - é algo que o Prof. Doutor Carlos Robalo Cordeiro também evidencia.
Atualmente, a Unidade de Inovação e Desenvolvimento da ULS Coimbra – unidade que se responsabiliza pela promoção e gestão da investigação em toda a ULS – é gerida pelo Prof. Doutor Tiago Alfaro. Para o médico pneumologista, que está há 18 anos neste serviço, “este tem sido um desafio excelente e, embora a área da investigação seja uma área onde já somos naturalmente fortes, com décadas de experiência, a verdade é que não sendo a área pela qual contratamos – ou aquela que nos é pedida mais diretamente, como, por exemplo, no Inverno – a investigação acaba por apaixonar e trazer as pessoas”.
“Já tínhamos bastante atividade, mas existe, claramente, espaço para crescimento: na investigação, na captação e desenvolvimento de ensaios clínicos em que queremos comprometer-nos com um determinado número de doentes, por exemplo, para um ensaio clínico em muitas das áreas nas quais somos referência regional e nacional; nos estudos sem intervenção, observacionais, que são muitas vezes criados por pessoas dos serviços, mas que têm de ultrapassar uma série de passos (como a avaliação, a aprovação, a avaliação ética) e, portanto, as pessoas só fazem esses estudos quando têm este apoio. E também, esperamos nós, em termos de desenvolvimento, ensaios da iniciativa do investigador, em que conseguimos ter uma ideia de uma intervenção, conseguir financiamento, apoio e fazê-lo. Será, provavelmente, esse o principal desafio para os próximos anos em termos de investigação aqui no serviço e em toda a instituição ULS Coimbra”.
Nesta área, há também uma aposta na investigação translacional existindo um laboratório associado ao serviço. “É algo que se conseguiu manter. Temos equipamento para realizar a investigação e algum tipo de doseamentos e de manipulação das amostras biológicas, e que está aqui mesmo perto do local principal onde se recolhem as amostras, na unidade de técnicas. Mas também, no próprio laboratório, são recolhidas amostras. Obviamente que depois terá de ser complementado em laboratórios de maior dimensão e diferenciação, mas isto reforça que esta componente formativa de inovação e de investigação é uma marca do serviço desde que ele foi criado e continua a ser”, conclui o Prof. Doutor Carlos Robalo Cordeiro.
O setor das técnicas endoscópicas é coordenado pela Dr.ª Yvette Martins – função que acumula também com a responsabilidade pela consulta de patologia profissional respiratória.
Para a sua coordenadora, o setor “está a dar um salto em termos de qualidade e em termos de inovação. Estamos a adquirir diferenciação em técnicas mais avançadas de endoscopia respiratória, nomeadamente a criobiópsia. Estamos também em processo de aquisição de equipamento para começarmos a fazer EBUS”.
Nesta área das técnicas é também importante referir as obras que serão realizadas no setor e que vão permitir a sua ampliação. “Tem crescido muito a unidade de técnicas e o tipo de apoio que presta, não apenas com as técnicas de toracoscopia, de broncoscopia, mas também agora com a aquisição da criobiópsia. Este alargamento da oferta vai exigir igualmente uma requalificação espacial, portanto, vamos passar a ter um espaço com outra dimensão, com um recobro maior, com duas salas de trabalho”, menciona o diretor do serviço.
Também a Dr.ª Yvette Martins referiu esta requalificação espacial uma vez que, atualmente, “já não temos as condições ideais para fazer os exames, temos de melhorar e, além disso, temos de aproveitar melhor o espaço para podermos acoplar estas novas tecnologias no setor sem perder a base de tudo isto que é a broncofibroscopia – que é o exame que é feito com maior frequência”.
Dos elementos médicos que integram este setor, alguns estão também afetos à escala de prevenção de broncoscopia rígida, “um aspeto que é muito importante, somos o único serviço da região centro que tem essa oferta. É pesado dividir um mês por quatro médicos, mas é importante que exista. Isto permite que na região centro exista esta oferta para broncoscopia rígida 24 sobre 24 horas”, refere o Prof. Doutor Carlos Robalo Cordeiro.
O setor das técnicas endoscópicas é coordenado pela Dr.ª Yvette Martins – função que acumula também com a responsabilidade pela consulta de patologia profissional respiratória.
Para a sua coordenadora, o setor “está a dar um salto em termos de qualidade e em termos de inovação. Estamos a adquirir diferenciação em técnicas mais avançadas de endoscopia respiratória, nomeadamente a criobiópsia. Estamos também em processo de aquisição de equipamento para começarmos a fazer EBUS”.
Nesta área das técnicas é também importante referir as obras que serão realizadas no setor e que vão permitir a sua ampliação. “Tem crescido muito a unidade de técnicas e o tipo de apoio que presta, não apenas com as técnicas de toracoscopia, de broncoscopia, mas também agora com a aquisição da criobiópsia. Este alargamento da oferta vai exigir igualmente uma requalificação espacial, portanto, vamos passar a ter um espaço com outra dimensão, com um recobro maior, com duas salas de trabalho”, menciona o diretor do serviço.
Também a Dr.ª Yvette Martins referiu esta requalificação espacial uma vez que, atualmente, “já não temos as condições ideais para fazer os exames, temos de melhorar e, além disso, temos de aproveitar melhor o espaço para podermos acoplar estas novas tecnologias no setor sem perder a base de tudo isto que é a broncofibroscopia – que é o exame que é feito com maior frequência”.
Dos elementos médicos que integram este setor, alguns estão também afetos à escala de prevenção de broncoscopia rígida, “um aspeto que é muito importante, somos o único serviço da região centro que tem essa oferta. É pesado dividir um mês por quatro médicos, mas é importante que exista. Isto permite que na região centro exista esta oferta para broncoscopia rígida 24 sobre 24 horas”, refere o Prof. Doutor Carlos Robalo Cordeiro.
A diferenciação da equipa referida inicialmente pelo diretor do serviço reflete-se também na oferta das várias consultas de subespecialidade. A Dr.ª Fátima Fradinho assume a responsabilidade pela coordenação das consultas de Pneumologia nos Hospitais da Universidade de Coimbra colaborando na consulta de doentes neuromusculares e na consulta de insuficiência respiratória, “nas quais temos, sobretudo, doentes sob ventilação não invasiva e com oxigenoterapia domiciliária”.
Das várias existentes, a médica pneumologista refere existir uma consulta “com algum peso e um volume grande de doentes”: a consulta de cessação tabágica. De acordo com a especialista, houve um aumento da procura por esta consulta após a pandemia por COVID-19 e o serviço “tem tido alguma dificuldade em dar resposta a este número tão elevado. Vamos tentar agora uma melhor articulação com os Cuidados de Saúde Primários porque, no fundo, isto é também uma neces-sidade a esse nível”.
Nesta articulação com os CSP, o Prof. Doutor Carlos Robalo Cordeiro refere acreditar que a criação da ULS vai promover uma alteração, sendo importante “um posicionamento que permita retirar muitos doentes da lista, por exemplo, no caso da cessação tabágica”. Mas, também na área da DPOC, o diretor do serviço espera que a criação da ULS permita a existência “de um circuito dos doentes melhor integrado desde os CSP e cada vez mais fora do hospital, em proximidade ao seu médico de família, à sua comunidade e domicilio”.
Num âmbito mais geral, o diretor destaca o facto de “termos sempre muitos internos de Medicina Geral e Familiar no nosso serviço a fazer formação. Também os nossos internos percebem e têm essa noção da ligação e da forte necessidade de olhar para o ambulatório cada vez mais como uma necessidade de colocarmos os nossos doentes o mais próximo possível do seu ambiente familiar e comunitário e, portanto, fora dos ambientes hospitalares, mas isso é algo que, de facto, vai necessitar de um reforço, não tenho dúvida nenhuma, e espero que a ULS permita esse reforço”.
A diferenciação da equipa referida inicialmente pelo diretor do serviço reflete-se também na oferta das várias consultas de subespecialidade. A Dr.ª Fátima Fradinho assume a responsabilidade pela coordenação das consultas de Pneumologia nos Hospitais da Universidade de Coimbra colaborando na consulta de doentes neuromusculares e na consulta de insuficiência respiratória, “nas quais temos, sobretudo, doentes sob ventilação não invasiva e com oxigenoterapia domiciliária”.
Das várias existentes, a médica pneumologista refere existir uma consulta “com algum peso e um volume grande de doentes”: a consulta de cessação tabágica. De acordo com a especialista, houve um aumento da procura por esta consulta após a pandemia por COVID-19 e o serviço “tem tido alguma dificuldade em dar resposta a este número tão elevado. Vamos tentar agora uma melhor articulação com os Cuidados de Saúde Primários porque, no fundo, isto é também uma neces-sidade a esse nível”.
Nesta articulação com os CSP, o Prof. Doutor Carlos Robalo Cordeiro refere acreditar que a criação da ULS vai promover uma alteração, sendo importante “um posicionamento que permita retirar muitos doentes da lista, por exemplo, no caso da cessação tabágica”. Mas, também na área da DPOC, o diretor do serviço espera que a criação da ULS permita a existência “de um circuito dos doentes melhor integrado desde os CSP e cada vez mais fora do hospital, em proximidade ao seu médico de família, à sua comunidade e domicilio”.
Num âmbito mais geral, o diretor destaca o facto de “termos sempre muitos internos de Medicina Geral e Familiar no nosso serviço a fazer formação. Também os nossos internos percebem e têm essa noção da ligação e da forte necessidade de olhar para o ambulatório cada vez mais como uma necessidade de colocarmos os nossos doentes o mais próximo possível do seu ambiente familiar e comunitário e, portanto, fora dos ambientes hospitalares, mas isso é algo que, de facto, vai necessitar de um reforço, não tenho dúvida nenhuma, e espero que a ULS permita esse reforço”.
Existe um problema identificado pelo diretor do serviço e para o qual também espera que a criação da ULS possa ajudar na resolução: a forte pressão do serviço de urgência e que “cria algum desconforto, desequilíbrio e saturação. Já se está a começar a discutir com a nossa administração um outro modelo que permita, de alguma forma, criar condições para que o pneumologista possa exercer as suas funções, possa promover os melhores cuidados de saúde para o doente sem a pressão tão grande que tem, neste momento, através dos serviços de urgência e que é um pouco destrutivo. Isso acontece em todos os hospitais centrais, como é evidente, mas é uma situação que, de alguma forma, desmotiva as pessoas para trabalhar no Serviço Nacional de Saúde”. “Espero que, a breve prazo, possamos ter um outro perfil de assistência a esse nível que não seja tão opressivo dos nossos recursos humanos médicos”, remata o médico pneumologista a este respeito.
Este é o hospital português com mais centros de referência e também o que integra mais redes europeias de referência, através da European Reference Network (ERN). De acordo com o seu diretor, uma das intenções a curto prazo “é a de inserir o serviço na ERN LUNG em áreas nas quais temos aqui uma belíssima organização, capacidade e recursos, nomeadamente, patologia do interstício, défice de alfa1-antitripsina, bronquectasias e fibrose quística”.
Ainda para o futuro, o Prof. Doutor Carlos Robalo Cordeiro destaca também o facto de o serviço estar num período de mudança, sendo, os próximos dois anos “muito relevantes porque o período de transição tem que ver com uma transição e uma requalificação técnica e tecnológica, mas também com uma requalificação espacial” O diretor do serviço explica que “além das obras no setor das técnicas endoscópicas, vão também existir mudanças nas enfermarias e há necessidade de alocar espaços. Vamos remodelar as nossas unidades de internamento - o que nos vai permitir ter uma unidade de ventilação não invasiva dedicada no serviço – um anseio já antigo. Temos uma grande capacidade técnica nessa área, mas os doentes estão dispersos pelas enfermarias, é im-portante concentrarmos a oferta. O doente vai lucrar com isto e todos os que trabalham na área também. É igualmente uma requalificação técnica que a breve prazo acontecerá e que exigirá obras. Estamos a entrar num período de transição, isto é importante para requalificar, ampliar e até dar mais coesão ao serviço”.
Tudo isto, nas palavras do Prof. Doutor Carlos Robalo Cordeiro, são questões organizacionais, mas, enquanto diretor do serviço, o médico pneumologista conclui destacando “aquilo que é a qualidade dos recursos humanos. Tenho que relevar essa qualidade e diferenciação dos nossos recursos humanos que é o que cria a dinâmica e o potencial que o serviço tem. É para isso que esta requalificação e este período de transição vai ser muito importante”.
Existe um problema identificado pelo diretor do serviço e para o qual também espera que a criação da ULS possa ajudar na resolução: a forte pressão do serviço de urgência e que “cria algum desconforto, desequilíbrio e saturação. Já se está a começar a discutir com a nossa administração um outro modelo que permita, de alguma forma, criar condições para que o pneumologista possa exercer as suas funções, possa promover os melhores cuidados de saúde para o doente sem a pressão tão grande que tem, neste momento, através dos serviços de urgência e que é um pouco destrutivo. Isso acontece em todos os hospitais centrais, como é evidente, mas é uma situação que, de alguma forma, desmotiva as pessoas para trabalhar no Serviço Nacional de Saúde”. “Espero que, a breve prazo, possamos ter um outro perfil de assistência a esse nível que não seja tão opressivo dos nossos recursos humanos médicos”, remata o médico pneumologista a este respeito.
Este é o hospital português com mais centros de referência e também o que integra mais redes europeias de referência, através da European Reference Network (ERN). De acordo com o seu diretor, uma das intenções a curto prazo “é a de inserir o serviço na ERN LUNG em áreas nas quais temos aqui uma belíssima organização, capacidade e recursos, nomeadamente, patologia do interstício, défice de alfa1-antitripsina, bronquectasias e fibrose quística”.
Ainda para o futuro, o Prof. Doutor Carlos Robalo Cordeiro destaca também o facto de o serviço estar num período de mudança, sendo, os próximos dois anos “muito relevantes porque o período de transição tem que ver com uma transição e uma requalificação técnica e tecnológica, mas também com uma requalificação espacial” O diretor do serviço explica que “além das obras no setor das técnicas endoscópicas, vão também existir mudanças nas enfermarias e há necessidade de alocar espaços. Vamos remodelar as nossas unidades de internamento - o que nos vai permitir ter uma unidade de ventilação não invasiva dedicada no serviço – um anseio já antigo. Temos uma grande capacidade técnica nessa área, mas os doentes estão dispersos pelas enfermarias, é im-portante concentrarmos a oferta. O doente vai lucrar com isto e todos os que trabalham na área também. É igualmente uma requalificação técnica que a breve prazo acontecerá e que exigirá obras. Estamos a entrar num período de transição, isto é importante para requalificar, ampliar e até dar mais coesão ao serviço”.
Tudo isto, nas palavras do Prof. Doutor Carlos Robalo Cordeiro, são questões organizacionais, mas, enquanto diretor do serviço, o médico pneumologista conclui destacando “aquilo que é a qualidade dos recursos humanos. Tenho que relevar essa qualidade e diferenciação dos nossos recursos humanos que é o que cria a dinâmica e o potencial que o serviço tem. É para isso que esta requalificação e este período de transição vai ser muito importante”.
Decorreu nos dias 23 e 24 de fevereiro a 11.ª Edição da “Barcelona Boston Lung Conference”. Já há 11 anos que a Menarini promove este evento que tem como objetivo ser um fórum anual de debate científico ao mais alto nível sobre vários aspetos das doenças respiratórias. O Prof. Alvar Agustí e o Prof. Bartolomé Celli são os coordenadores científicos desta Conferência onde, este ano, foram abordados temas como “a proteção da saúde respiratória nos
tempos atuais”, “asma grave – o papel da terapêutica tripla”, "gestão da asma grave: o papel dos endotipos”, “a Medicina nos tempos da IA”, entre outros. Mais uma vez, foi possível contar com uma participação de especialistas portugueses neste evento. Pode saber mais sobre a edição deste ano e sobre as anteriores acedendo à Área Científica da Menarini https://areacientificamenarini.com/barcelona-boston-lung-conference-2024/
Decorreu nos dias 23 e 24 de fevereiro a 11.ª Edição da “Barcelona Boston Lung Conference”. Já há 11 anos que a Menarini promove este evento que tem como objetivo ser um fórum anual de debate científico ao mais alto nível sobre vários aspetos das doenças respiratórias. O Prof. Alvar Agustí e o Prof. Bartolomé Celli são os coordenadores científicos desta Conferência onde, este ano, foram abordados temas como “a proteção da saúde respiratória nos tempos atuais”, “asma grave – o papel da terapêutica tripla”, "gestão da asma grave: o papel dos endotipos”, “a Medicina nos tempos da IA”, entre outros. Mais uma vez, foi possível contar com uma participação de especialistas portugueses neste evento. Pode saber mais sobre a edição deste ano e sobre as anteriores acedendo à Área Científica da Menarini https://areacientificamenarini.com/barcelona-boston-lung-conference-2024/
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REDAÇÃO:
Andreia Pinto
Cátia Jorge
Rita Rodrigues
FOTOGRAFIA E VIDEO:
João Ferrão
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DESIGN:
Diogo Silva